Helton Timoteo nasceu no Rio de Janeiro. É professor do Ensino Médio e Superior e militar reformado da Aeronáutica. Especialista em Teoria da Literatura/Produção Textual e Mestre em Linguística Aplicada (UERJ). Foi um dos vencedores do Prêmio Internacional Off Flip de Literatura, em 2014. Seu conto Os Olhos do Poeta foi um dos vencedores do XV Prêmio Literário da Fundação CEPERJ, em 2014, e finalista do Prêmio Internacional Pena de Ouro, em 2021, do qual também foi semifinalista, com o conto “Lídia” (um dos vencedores do Prêmio FEUC de Literatura em 2003). Seu conto Uma Temporada no Céu foi 1º Lugar no Prêmio Nacional da Revista Ele/Ela, em 1999. Seu romance A Canção de Variata foi um dos vencedores do Prêmio Nacional da Biblioteca Pública do Paraná, em 2020 (publicado em 2022). Foi finalista do 32º Prêmio Nacional de Poesia Augusto dos Anjos, em 2023. Obteve o 1º Lugar do 4º Prémio Internacional Pena de Ouro, em 2023, na categoria poema. Foi um dos vencedores do 1º Prêmio Nacional Prata da Casa, em 2024, na categoria poema, do qual foi também finalista em conto, semifinalista em poema e crônica. Foi contemplado com o Prêmio Carioca de Excelência Artística. Foi contemplado ainda com o Prix Parisian de Littérature et des Arts (Prêmio Parisiense de Literatura e Artes), em Paris, 2024, e com Troféu Machado de Assis de Excelência e Inovação. É detentor ainda de mais oito prêmios literários (conto, crônica e poesia). Seu poema Mulher de Nuvem foi publicado em edição bilíngue, português e espanhol, na Antologia Poética Evita Perón e Convidados, lançada em Buenos Aires, Argentina, e na Bienal do Livro em São Paulo, Brasil, em 2024. e participou da Coletânea Poetas de Excelência (40 poemas escolhidos pelo autor), lançado na Feira Literária Internacional de Paraty, em 2024, ambas organizadas pela Editora Mágico de Oz.
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É autor dos livros de poemas Réquiem para Lavine (2015), Maçã Atirada sem Força (2017), Última Flor (2023) e do romance A Canção de Variata (2022, todos publicados pela Editora Penalux (atual Litteralux) e 40 Poemas Escolhidos pelo Autor (Editora Mágico de Oz).
Rèquiem para Lavine
Sinopse: Em boa parte dos poemas reunidos nesta obra, o autor investiga, reflete e afinal alarga nossa percepção para esta crucial questão humana. Dentre os poemas merece especial atenção, ‘O filho Pródigo’. Sensível registro das fases da vida – imersas neste brutal contexto social da atualidade -, até chegar à morte. Digno de nota. Realmente. Mas não é somente sobre a indesejada das gentes que o autor escreve. Sua poesia reflete outros temas com igual profundidade de forma a comunicar, ou melhor, fazer-nos refletir sobre o sentido da vida humana. E nessa busca para encontrar o significado da existência, está intimamente relacionado o sentido da morte. A nosso ver, o sujeito lírico da poesia deste autor acredita que a efemeridade e a permanência são polos de uma realidade mais abrangente, que vida e morte são dois contrários que se compensam, dois impulsos que resultam em equilíbrio, duas fases complementares de um mesmo ciclo. Muito embora a maioria de nós não esteja disto plenamente convencida. E mais, se depura deste fazer poético que apesar das contínuas mortes, a vida segue impassivelmente triunfante. É o que meu coração me fez sentir ao ler esta obra. Por isso o título: Réquiem para a vida! [Krishnamurti Góes dos Anjos] Maçã Atirada sem Força
Sinopse: Os versos de Helton Timoteo são inerentes ao seu interior, de modo que a relação entre autor e poesia é ligada em sua essência deste à gênese da vida, como dito no poema introdutório, “não consigo cortar o cordão umbilical que nos une, eu a ele – ele ao mundo”, ao se referir ao poema. Esta ligação íntima entre a arte exteriorizada no papel, e o mais profundo da essência do poeta segue pela vida, acompanhando o escritor diante do amor de uma mulher “submergindo nas águas noturnas do corpo dela”, ou nas lutas diárias de cada indivíduo, quando o mesmo se desorienta na escolha entre continuar na vida, ou abortar o ideal da existência, “a singela existência oscila, treme tranquila ao sopro do acaso”. O olhar poético de Helton é firmado com os pés no chão, o autor reconhece a pobreza, e a marginalização social como conteúdo a sua poesia, “a vida é covarde para quem vive na pobreza”. A poesia sonora, rica em rimas de Helton o faz um admirador das coisas sublimes da vida, como o poeta afirma “sou um enamorado da lua e das estrelas”, e nesta contemplação apaixonada pelas coisas naturais e divinas da vida, o poeta subtrai sua felicidade, “a felicidade que subtraio disto justifica a minha existência”.
A Canção de Variata
SINOPSE: A LITERATURA É UMA ILHA de palavras cercada de branca solidão por todos os lados. Ilha de secessão, ilha artificial, ilha inautêntica, já há muito povoada, porém sempre reinventada. Enseada de imagens, é na linha tênue que a separa do vazio que ela esconde seu enigma de existir. Por mais que dentro dela haja quantos habitantes houver, haja sua fauna e sua flora, a literatura, em essencial solidão, nunca deixa de ser ilha. Incertos por descobri-la, leitores náufragos à sua espera, tomados de assalto em pleno mar ou desviados do circum-navegar, somos todos ao deixar o porto firme onde um dia o tesouro de nossas concretas evidências foi guardado. É na ilha que João Pescador busca reencontrar a dimensão perdida de sua existência. Se ele a perdeu no real (a verdade do mundo não mais se realiza), ele a busca na resiliência da ilha. Mas o que lá se encontra, se da ilha só nos resta a literatura, arquipélago de fragmentos? Exsurge então Variata: semeando torpores ao vento, doçura de menina, assombro de dilúvio ancestral, catástrofe de todos os ciclos, anuncia um talvez renascimento. “Quando estou só, não sou eu que estou aí e não é de ti que fico longe, nem dos outros, nem do mundo” (Maurice Blanchot). “Eu sou o que não é, aquele que cometeu secessão, o separado...” (Idem). A canção de Variata é um chamado à perscrutação da ilha interior, essa que está aí, mas que nunca se encontra: “A ilha ninguém achou / porque todos a sabíamos” (Invenção de Orfeu). Caio Souto.
Última Flor
SINOPSE: “Última Flor”, terceiro livro de poemas de Helton Timoteo, foi dividido estrategicamente em três partes, de acordo, segundo o autor, com dois critérios: técnico-estilístico e temático. Na primeira e na segunda partes, a temática predominante é a morte, e o modo como ela afeta cada um de nós, não como algo oposto à vida, mas como o seu complemento e mesmo fundamento. Nelas se entrelaçam (em poemas plasmados com maior rigor formal), reflexões, saudades, melancolias, mas também muita ternura e esperança. Já na terceira parte (em poemas curtíssimos e com maior liberdade formal), a obra exibe uma pluralidade de temas, ora de forma extremamente afetiva, ora reflexiva e bastante filosófica, ou mesmo absolutamente ingênua, como se fossem pequenas margaridas florindo à beira de uma estrada. Vale muito a pena absorver as belíssimas flores-poemas deste livro!
40 Poemas Escolhidos pelo Autor (Editora Mágico de Oz)
Sinopse: A obra reúne 40 poemas, cuidadosamente escolhidos pelo autor, que refletem sua jornada poética e sua visão profunda sobre temas como a morte, o tempo, as relações humanas e a efemeridade da vida. A coletânea traz uma combinação de textos que transitaram entre suas publicações anteriores, como Réquiem para Lavine (2015), Maçã Atirada sem Força (2017) e Última Flor (2023), além de poemas inéditos que estavam apenas nas redes sociais de Helton. O lançamento de Coletânea Poetas por Excelência é uma excelente oportunidade para conhecer mais de perto o trabalho de um dos poetas mais importantes da literatura contemporânea e celebrar, junto com ele, a beleza da poesia. (Hyago Santos)
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